domingo, fevereiro 26, 2006

É big!

Tudo começou no feriado de Carnaval do ano de 1982. Era uma tarde de sábado e minha mãe estava em casa, na época com o meu pai, recebendo um casal de amigos. De repente ela sente uma dor de barriga e vai pro banheiro (aonde mais iria?). Não adianta nada, a dor de barriga não passa. Ela volta para sala e depois de algum tempo, a metade do casal de amigos (a Dona Eugênia, mãe da Gisnara, o que faz dela a minha primeira amiga) diz pra minha mãe: "Rosane! Isso não é dor de barriga, é contração, mulher! Vai já pro hospital!!!".

Alguns minutos depois, minha mãe chega no hospital Fêmina de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e surpresa!!! O obstetra tá pulando no Carnaval, vai ter que ser um residente inexperiente mesmo... Aí depois de algumas horas da minha mãe caminhando de lá pra cá na sala do parto (e o pobre residente atrás segurando o soro e pedindo "A senhora podia voltar pra maca, por favor? A criança vai cair no chão!"), finalmente eu venho ao mundo, com 3,680kg e 51,5cm de altura. (Pobre mamãe!!!)

De lá pra cá, algumas coisas aconteceram... Vivi e aprendi várias coisas. Eis a lista (ano por ano, pra testar bem a paciência dos meus caríssimos leitores):

1º ano: Mamãe é bem mais bonita por fora do que por dentro.

2º ano: Já sei falar e andar! Eba! E comer comidas sólidas! Daí pra frente só engordei. Ah! Minha estréia na creche também. Estou exausta. Vou tomar uma mamadeira e tirar uma sonequinha. Mas não antes de arrotar a mamadeira, senão dá cólica e sou muito novinha pro Buscopan.

3º ano: As pessoas até que são legais e tal. Estou conhecendo várias delas. Só gostaria muito de saber se é só comigo ou é questão de etiqueta, conhecer uma pessoa nova e sair apertando as bochechas dela, como se fossem bolinhas anti-stress.

4° ano: Nesse ano, na minha festinha de aniversário, eu conheci a Nelinha. Ela é muito legal e sinto que essa amizade vai durar! Por outro lado, se mais alguma pessoa, ao ouvir a minha idade, gritar: "Mas desse tamanho?!?!?!?!", eu vou precisar de terapia...

5º ano: A titia terapeuta é bem querida! Gosta bastante de brincar comigo e de fazer perguntas.

6º ano: Depois de muita insistência por ter uma maninha pra brincar de boneca comigo, mamãe me dá uma maninha. Mas ela só faz barulho, come feito uma condenada, suja muito as fraldas e dorme. E nunca brinca de boneca comigo! Acho que não formulei bem o pedido.

7º ano: Estou aprendendo a ler e escrever! Isso é bem legal. Seria mais legal ainda se a mamãe dirigisse mais devagar para eu poder ler TODAS as placas e TODOS os outdoors que vejo no caminho. Mamãe se nega a fazer isso. Quanta incompreensão numa família só!

8º ano: Agora eu sei ler mais rápido!

9º ano: Mudei de escola! Meus coleguinhas implicam comigo porque eu sou muito alta. Odeio ser a última da fila!

10º ano: Mudei de escola! Mas meus coleguinhas continuam implicando comigo por causa da altura e das bochechas. Me chamam de Pernalonga num dia e de Fofão no outro. Não são lá muito criativos, mas são bem malvados!

11º ano: Mudei de novo de escola! Agora são as coleguinhas que implicam comigo. Só porque eu sou pobre!!!

12º ano: Mudei radicalmente de escola! E aprendi que ter 12 anos e estudar num internato é MUITO BOM!!!

13º ano: Aprendi que não ter mais dinheiro pra estudar no internato é MUITO RUIM!!! Mudei de escola... Esse ano não foi muito legal. Total falta de auto-estima. Apesar de não implicarem mais comigo na escola...

14º ano: Continuo na mesma escola. Esse ano foi muito bom. Me formei na 8º série. E aprendi que Deus me ama muito e sou muito especial pra ele. O fato de Ele ter tempo pra se preocupar comigo e fazer planos maravilhosos pra minha vida, daqui pra frente, vai me ajudar a encarar os problemas.

15º ano: Não debutei, nem fui pra Disney. Preferi ganhar um computador. Ah! E mudei de escola! Estou no segundo grau e aquilo que eu aprendi sobre Deus no ano passado vai me ajudar muito por aqui.

16º ano: Nesse ano (na metade dele, mais especificamente) eu ganhei aquele computador. E tenho agora oficialmente traumas de segundo grau porque eu sou muito gorda e ninguém me ama, ninguém me quer. Buá, buá!

17º ano: Dei meu primeiro beijo. Foi muuuuito estranho. Assim que eu cheguei em casa, eu escovei muito, com muita força, os dentes e fiz bochecho com Plax duas vezes. E só não fiz mais porque tava com medo que caíssem todos os meus dentes.

18º ano: Mudei de escola! Cursinho no Mauá agora. É bem legal! Aprendi várias piadas, sobre várias matérias (vestibular? que que é isso?!?!) e fiquei mais amiga da Gigica cara de Maria Xixica. Ah, e nesse ano eu estou namorando pela primeira vez. É tão legal ter um namorado!

19º ano: É tão ruim ter um namorado que não tá nem aí pro meu aniversário. Não quero mais! Ah, e adivinha? Mudei de escola! Estou cursando Arquitetura e Urbanismo agora, na Ritter dos Reis. É tão legal fazer Arq&Urb. Porque a gente pode escrever desse jeito aí que eu escrevi.

20º ano: Bah! Duas décadas. Tô pasma!

21° ano: Ui, tive que trancar a faculdade! Fui colportar. Fiquei só uns dois meses e pouquinho colportando, mas foi mais do que o suficiente, para a minha oração (quebra a minha vida e faze-a de novo) ser atendida. E dói muuuito. Mas Deus estava lá, mesmo eu duvidando disso. E Ele fez maravilhas, valeu a pena!

22º ano: Voltei pra faculdade, mas acho que Arq&Urb não é bem a minha cara. Por mais que seja legal escrever assim. Vou mudar para Design.

23º ano: Eta aninho de 2005 cheio dos acontecimentos! Comecei o curso de Design e amei cada minuto! Tive que trancar no meio do ano e odiei cada segundo. Tive 2 empregos diferentes, com dois chefes beeeem opostos. (Um dava vida à frase: No pain, no gain!; o outro colocava como tarefa do dia: Criar uma comunidade no orkut chamada "Eu odeio o gasto").


24º ano: Não sou vidente, ora!

Para aqueles que agüentaram ler até o final, muito obrigada pela paciência e por um pouquinho do seu tempo para eu poder compartilhar isso com vocês.

Para aqueles que não agüentaram, não adianta nada escrever alguma coisa aqui!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Beijando o Bono

Bono Bono Bono Bono.

Comecei a ser fã do U2 quando eu tinha 11 anos de idade e tinha que fazer um trabalho pra inglês de traduzir uma música. Era em dupla e a minha colega Renata tinha uma irmã mais velha, a Aline, que tinha o cd Zooropa e fizemos a tradução de Lemon. Depois desistimos pq na verdade a letra daquela música era muito besta e fizemos a tradução de California Dreamin' do The Mamas and The Papas. A letra era menos besta.

Aí, na época eu achava Numb uma música tri legal e One virou a minha música favorita. Até surgirem outras, claro, mas é que One eu sabia cantar junto.

Aí eu cresci, tive outras descobertas musicais mas o U2 sempre ocupava um bom lugar no pódio. Com o Bono se reiventando (só perde pro David Bowie) , o The Edge usando aquela touca ("o The Edge"? isso tá errado, ficou igual àquele filme, Mike Olhos Azuis, que o restaurante era "The La Traviatta"! Enfim...), o Larry Mullen Jr. sendo o baterista que dá um show pros ouvidos e pros olhos e o Adam Clayton sendo o tio quieto no canto dele.

Mas aí eu cresci mais ainda começo a achar que o Bono devia se reiventar mais uma vez, porque eu não agüento mais a cara dele. Quero dizer, meia cara dele, a metade de baixo pois na metade de cima tem aqueles óculos que já estão me dando nos nervos desde os últimos 5 anos.

Tipo, acho muito louvável todos os esforços para uma igualdade política e social que ele faz. O cara não cansa de lutar pelos pobres e oprimidos. Palmas pra ele! E ainda tem tempo de escrever músicas. E produzir. E fazer turnês espetaculares. Mas mesmo assim, não tá mais descendo pela minha garganta.

Se um dia ele morrer (será que ele vai ser mais um Elvis-John Lennon-Kennedy que todo mundo ainda tá em dúvida se morreu ou não?) tenho certeza de que alguém vai levantar a pergunta: Ele vai ser canonizado?

Na revista da MTV, a manchete atual é "Bono: Santo ou Rock Star". PERAÍ!!!!! Não é como se fosse uma linha tênue entre um e outro! Na verdade, são duas expressões antônimas, certo?
Pra mim, ele é rock star com uma consciência social. E só!

Mas devo ser a única, pois agora aquela menininha que subiu no palco pra dançar coladinha nele, fazer uns carinhos e levar um beijinho (sério, Bono, te reinventa!!) agora tá sendo considerada para ser a mais nova contratação da Globo. PRA FAZER O QUÊ??? Dançar coladinha com os outros, fazer uns carinhos e levar um beijinho? Mas que baita currículo que ela deve ter pra fazer isso, não é mesmo? Tipo, um currículo digno do MIT. (Também não posso esperar muito mais de uma emissora que ainda tá pagando o Faustão para "animar" os domingos da família brasileira que já tem problemas suficientes.)

Mas, por outro lado, vai ser uma competidora à altura das Gimenez e Galisteus da vida, que também alcançaram a fama fazendo um pouco mais que dançar coladinha, fazer uns carinhos e levar um beijinho de homens muito famosos. Essas mulheres sabem fazer negócio!! Só que antigamente o nome desse negócio era outro...

Boa noite e boa sorte!

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

AAAAARGH!!!!!

Mas que grande raiva!!!

Semanas depois de eu finalmente ter comprado o meu tão sonhado DVD da Noviça Rebelde, esses sem noção lançam a edição comemorativa especial de 40 anos (DVD DUPLO!!!!) com váááários extras! Por apenas 10 reais a mais!!! Mas isso é tão típico, tão típico de mim!!!

Alguém por favor me dá uma palavrinha de consolo?? Tô precisando!

Enfim, fazia um tempão que eu não escrevia aqui, desculpem, eu sei que a vida de vocês estava sem propósitos, mas agora eu voltei. Alegrem-se!

Tava pensando em fazer esse blog mais interativo, mas minha criatividade hoje ficou no travesseiro, então vou adiar essa grande idéia para um próximo post. Por favor, entendam.

Agora, uma nota à parte: 2006 promete ser o grande ano de mudanças. (At last!)

Deus é muito bom! Ele permite as provações, mas não sem antes garantir que no final as bençãos serão ainda maiores.

Lembrem-se disso, crianças queridas!

Uma bitoca em cada nariz aqui! SMACK!

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Dúvidas de uma cinéfila amadora

Faz um tempão que eu não escrevo aqui, né?

Antes que os meus ávidos e leais leitores cortem os pulsos... PAREM!! Eu voltei!

Não estou muito inspirada para filosofar hoje, por isso não vou filosofar. Ontem eu vi Mary Poppins, depois de mais de quinze anos, e já tive bastante filosofia. (Mary Poppins, filosofia?) Sim! Vai ver... Não vou dar as dicas, mas eis um tópico para debater em grupos: como pode um filme ser colorido, misturado com desenhos típicos da Disney (quando o Walt era vivo, agora mudou bastante) ser tão sombrio? Quando eu era pequena, tinha um pouco de medo. A Mary Poppins me parecia muito fria. Ontem eu entendi o porquê (é com acento?) disso. Discutam.

Falando em filme, tenho que postar minha indignação com os indicados ao Oscar ontem. Não que os que foram indicados não mereçam. Isso eu não sei porque tem filmes que nem chegaram aqui ainda. Mas quero algumas explicações.

1° - Cinderella Man não foi indicado a melhor filme.
2° - Russel Crowe não foi indicado a melhor ator por interpretar (e com muita competência, como sempre) Jim Braddock, um lutador de boxe no meio da crise dos anos 20, nos EUA.
3° - Renée Zellweger não foi indicada a melhor atriz (por Mae Braddock). Nem que fosse melhor atriz coadjuvante (mas aí iria perder para Rachel Weisz), ela merecia uma citação.
4° - Batman Begins não foi indicado a melhor edição sonora. Mas como? Os votantes da Academia viram o filme em som estéreo? Estão todos eles com uma otite danada? Não pode, não pode, não pode!
5° - Walk the Line foi indicado a melhor figurino e As Crônicas de Nárnia não foi. Humph!
6° - Eu não fui indicada de novo para melhor atriz, mesmo depois de ter atuado maravilhosamente bem no dia em que o Finger me despediu lá da Uniritter. Essa agora já é demais!

Desculpem minha falta de inspiração. Por favor, deixem suas críticas, sugestões, dúvidas ou comentários ali no link que diz "comments". Não é difícil.