Fico pensando na vida, super nostálgica.
Me lembro de quando era criança e dias nublados, com ameaça de chuva eram dias super gostosos, no sofá, vendo os meus desenhos animados preferidos, tomando um nescau super gostoso que minha mãe fazia.
É difícil ser adulta. Enfrentar os problemas da vida, tomar grandes e pequenas decisões, algumas com conseqüências eternas...
É difícil ser mulher. Ter que aguentar as mudanças hormonais de cada mês, sem saber por que nos sentimos assim. Saber que existe uma linha tênue entre ser forte e independente e ser agressiva. Ser vulnerável num minuto (com as pouquíssimas pessoas que podemos realmente confiar) e no outro sair pra enfrentar um leão que dá muito medo. Ser autêntica mas ser tirada pra estranha, que não se encaixa em nenhum lugar. Ser insegura em relação à si mesma, mas aprender a se aceitar. Crer em Deus, num mundo que O despreza. Amar ao próximo, mas não poder confiar nele. Ter sonhos tidos como inatingíveis por muitos e se fazer de surda pra quem não acredita neles. Ficar quieta quando o silêncio é a melhor resposta, mas a outra pessoa não pára de jogar farpas. Perdoar aos outros e a si mesma. Acreditar no seu potencial sem ser arrogante. Ter coragem de seguir seus instintos, quando tudo indica que é muito improvável. Ouvir a voz de Deus, falando baixinho no seu coração, num lugar barulhento. Ver pessoas próximas sofrendo e não poder fazer nada para tirar a dor. Se arrumar toda para um evento, quando quer mesmo é ficar bem quietinha num canto. Saber que quando a gente quer muito ficar quietinha num canto, não é um bom sinal. Ter que enfrentar monstros do passado que insistem em assombrar o presente. Viver numa terra feia e cinza, enquanto sonhamos com um Céu e toda a sua plenitude.
Se é que eu tenho leitores, me desculpem. Estou apenas divagando...
Nenhum comentário:
Postar um comentário